6.12.2007
Playa Negra
Depois de 2 dias nos aclimatando à Costa Rica, decidimos deixar Hermosa e subir para Guanacaste, região norte do país banhada pelo Pacífico. Lá ficam picos como Tamarindo, Avellanas, Olie's Point e a famosa Roca Bruja. Famosa não só por ter sido eternisada em Endless Summer, mas também por quebrar ondas que em dias memoráveis chegam a 22 feet. Coisa séria.
Perto de Avellanas, uns 4km ao sul, fica Playa Negra, uma direita constante, com fundo de pedra, que acaba numa banco de areia branca, onde apenas umas poucas casas parecem ter tido o direito de serem construídas. Paraíso.
Ficamos ali por uns 5 dias surfando esse pico e Avellanas. A noite, sempre monótona pela falta de pessoas e opções para se comer e beber, foi palco de grandes partidas de sinuca e de dominó. Todos bebíamos e gritávamos, protegidos da chuva torrencial pelo grande teto de sapê que cobria a construção central da Pousada Playa Negra. Sem paredes, esse carramanchão permitia a vista, apenas obstruida por algumas poucas árvores que tiveram o bom gosto de não derrubar, do point break que quebrava em frente. Do nosso lado direito, víamos as duas piscinas forradas por vitrilhos azuis escuro, iluminadas e cercadas por grama verde, mais vegetação e um espaço coberto onde permanecem esticadas três redes de dormir. Mais ao fundo, depois da piscina e isoladas da praia, ficavam as cabinas onde dormíamos.
Além do nosso grupo, formado por 7 caras, encontramos outros dois casais amigos: Fábio e Mariana, Rodrigo e Patrícia. Eles subiam de Nosara, lugar onde permaneceram surfando por alguns dias depois de gastar 2 dias visitando o vulcão. Com isso ocupamos 5 das 10 cabinas disponíveis na pousada.
Em Playa Negra as ondas quebraram com tamanho, mas o cenário estava muito prejudicado pelo vento que não parou pelos 5 dias que permanecemos hospedados no pico. Mas valeu muito. Primeiro por que surfamos ondas boas e acima da média das que podemos surfar nos breves finais de semana do litoral norte paulistano. Segundo, pela pousada - merecedora de revisitas. Terceiro, pela lembrança dos gritos de Buchada Presa e Lasque Nê que alegravam as nossas partidas de dominó e interrompiam o sono dos poucos hóspedes que se recolhiam cedo para suas cabinas.
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