8.07.2007

Nicarágua - Quintal da América.

POR RODRIGO ZARDO


O local da próxima Trip já estava definido: sem dúvida seria para Nicarágua. Começamos a tentar buscar mais informações do país, das cidades e dos picos de surf. Somando as dicas, os vários sites visitados, e o fato da região de Popoyo ser a mais conhecida, e por isso mais crowdeada de americanos, escolhemos seguir mais ao sul para a cidade de San Juan del Sur, próxima à divisa com a Costa Rica.
Saímos aqui do Rio no dia 27 de junho, em um vôo com escala no Panamá e depois na Costa Rica, chegando então em Manágua. A capital da Nicarágua fica situada bem no centro do país, “longe” do litoral. No aeroporto alugamos um 4x4 e partimos para o nosso destino final. No caminho encontramos um país bastante rural, com estradas simples e pouco sinalizadas, uma natureza bem preservada e um povo tranqüilo, que em nada lembrava as notícias de conflitos armados de anos atrás.
Escolhemos uma pousada em Playa Madera, um beach break de boa formação com ondas para os dois lados. Fomos descobrindo que, na verdade, essa praia é uma das poucas com acesso liberado. Um problema recorrente na Nicarágua é que os proprietários de terras compram as áreas em volta das praias e não permitem o acesso a areia, a não ser que você alugue uma propriedade dentro desses loteamentos. Com isso, fomos obrigados a recorrer a pequenos barcos para as caídas diárias. Em aproximadamente uma hora podíamos chegar a uns sete ou oito picos de diferentes formações, desde esquerdas longas (Manzanillo), com umas oito a nove manobras por onda, quebrando em um point break colado no penhasco, um outro com direitas e esquerdas tubulares em um beach break que quebrava tanto na maré vazia como na cheia, ou um pico de direita, com altas ondas quebrando em três seções bem definidas, conhecido como “Pangua Drop” (devido ao grande número de barcos que já viraram por lá.). Se você cair na besteira de perguntar para os locais ou consultar algum site, eles vão dizer que é uma onda ruim, toma muito na cabeça e que tem que remar muito.
De barco, em pouco mais de uma hora chegamos a Popoyo, uma praia com vários picos bons, com ondas um pouco mais curtas e um reef mais à esquerda da praia, que tem uma onda de boa formação para os dois lados. Lá quebra uma das maiores ondas do país; um outside reef que, com o swell certo, segura esquerdas sólidas de até 12 pés.
Existem ainda vários outros picos menos conhecidos e divulgados, com surf de qualidade e, o melhor, no quintal da América.
Deixe na praia somente as suas pegadas – Surfrider Foundation.

Um comentário:

Godum disse...

Via as fotos que o Lobo enviou,muito legal.Altas ondas,lugar selvagem e com boa infra.Certamente já virou opção.
Parábens pela trip.
Um abraço,
Godum