Mesmo cansado, não resisti. Lá pelas 11h30 da noite de ontem, após ter jantado e brindado a nossa chegada à Jakarta, tomei um banho rápido, entrei num táxi e fui para a cidade. Essa é minha segunda chance de conhecer a capital da Indonésia e dessa vez não iria desperdiçá-la. Jakarta é um lugar comum. Uma obviedade com tudo que uma pessoa pode imaginar sobre uma cidade asiática bombardeada por todo tipo de influência inglesa, portuguesa, indiana e sei lá mais o quê. Se nós brasileiros temos que conviver com o fantasma da colonização e da decorrente falta de identidade realmente pura – se é que isso algum dia já foi possível onde quer que fosse – a vida de um Indonésio de uma metrópole é um verdadeiro inferno.
Aqui se vê o ocidente e o oriente, o dinheiro e a falta dele, a limpeza dos prédios ultra modernos e a poluição de rios aparentemente mortos, Mc Donald’s, Burguer Kings e Starbucks abertos noite a dentro ao lado de quase uma centena de barraquinhas de camelôs, todas viradas para os carros que passam, onde se come o tradicional nasi goreng ou se compra Cialis ou Viagra a preços satisfatórios, como pude ler nos cartazes pregados em cima de cada uma delas, muito bem iluminados que é para não deixar dúvida.
Hoje pela manhã, retiro o The Jakarta Post da frente da porta do quarto do hotel onde estamos hospedados e tento escolher algumas notícias de capa para repetir aqui:
O Partido da Justiça e da Prosperidade foi obrigado a pagar uma multa de uns U$ 110.000,00 a um Comitê de Erradicacão da Corrupção.
O Governador de Aceh junto com o Comandante da Forças Armadas e do Chefe de Polícia desfilaram em elefantes em frente à mesquita da cidade em comemoração dos 803 anos de fundação da mesma. (Essa tem foto.)
E, num pequeno espaço no canto da capa do jornal, a notícia de que o governo bloqueou o acesso ao Youtube, Myspace e outros websites onde se poderia assistir ao filme Fitna e o apelo do editor para que os leitores mandem um SMS para o número +62 811 187 2772 dando sua opinião sobre isso.
Já é quase meio-dia e logo embarcaremos no último trecho aéreo da viagem, até Padang, onde espera o barco que será nossa casa pelos próximos 15 dias. O jetleg dilui minha ansiedade.
4.13.2008
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5 comentários:
Que BELEZA porra ja estava na hora de postar alguma coisa dai de longe, quero saber das ondas e dos dias de muito surf por ai.
Grande Abraço
Balduino
volta chasing, volta
e volta logo vc também
:)
Legal o BLOG!
Parabéns!
Boas ondas em padang!
Nossa os caras proibem de ver um filme, é ainda dá pra ver a tendência oriental do país.
Legais essas informações que mostram carcterísticas de uma cultura.
Valeu,
Bernardo Tavares
www.freestylewaves.blogspot.com
belo blog gostei muito do feeling.
nova revista online "> SoulFace Mag
esse blog surfou, surfou, e morreu na praia...
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